Mulher gay pode governar um país?
Por Waldeck Almeida de Jesus
Num mundo machista, sexista, preconceituoso e discriminatório como o nosso, infelizmente, uma mulher lésbica jamais poderia ocupar um cargo tão importante. Mas as coisas mudam, o tempo passa e os muros caem.
Johanna Sigurdardottir, lésbica, 66 anos de idade, chefia a Islândia, desde 26 de janeiro de 2009, depois de ser ministra da ação social após 1987. Não por ser mulher, e por ser gay, que uma pessoa tem mais ou menos capacidade de dirigir uma nação.
Espera-se que ela cumpra o que determinam as leis daquele país, e realize um governo de coalizão, de prosperidade e trabalhe pelo social. Não é por ser um país de primeiro mundo, europeu, que as coisas seriam diferentes. O preconceito também há, talvez em menor escala, mas existe.
Discriminação contra a mulher, contra as minorias também há na Europa. Com a Sigurdardottir talvez não seja diferente, mesmo ela sendo assumida e casada com a jornalista e roteirista Jonina Leosdottir desde 2002.
A responsabilidade é bem maior quando se trata de um gay, a cobrança é grande, mas o apoio da população pode ajudar a esta mulher guerreira e corajosa. Ela teve um casamento heterossexual, do qual tem dois filhos. Ela é mãe, mais um atributo, mais uma qualidade da mulher. Agora é esperar e torcer para que tudo dê certo.
Outros homossexuais já ocupam cargos importantes em outros países como Bertrand Delanoë, prefeito de Paris e Klaus Wowereit, de Berlim.
Johanna Sigurdardottir é a primeira a ser chefe de estado. O mundo deve abraçá-la, apoiá-la, a fim de demonstrar que realmente todos estão em luta para acabar com o preconceito. Afinal, somos todos iguais, sejam gays, sejam heterossexuais, negros, índios, brancos ou albinos. Os Direitos Humanos devem ser respeitados.
Valdeck Almeida de Jesus, nasceu a 15 de fevereiro de 1966 em Jequié, Bahia, onde viveu até aos seis anos de idade, quando foi residir na Fazenda Turmalina (região de Itagibá, Bahia); onde continuou a estudar em escola pública até os 12 anos de idade. Aluno exemplar retornou a Jequié para se matricular na 5ª série do primeiro grau, em escola pública. Ingressou nas Faculdades de Enfermagem e de Letras, da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia em 1990; na Faculdade de Turismo, na Faculdade São Salvador, não concluindo os cursos. Reside em Salvador, desde fevereiro de 1993.