Jaipur
Por Luiza Teixeira Bussius Ando pelo Oriente, no caos da segunda maior população do planeta. É, a Índia não é fácil! Confesso que fiquei impressionada com a vida por aqui. Nada da idéia zen e ioga que costumamos ter. Muita gente para todo lado, misturada a carros, riquixás, bicicletas, vacas e muito mais. O trânsito é uma loucura.Todos recolhem os retrovisores; e as setas foram abolidas. Aqui a mania é buzinar e muito! Um barulho louco. Este fim de semana passado fui para Jaipur, uma cidade a 4 horas de trem de Nova Délhi. Impressionante. Na verdade, mulher, é esse gênero que tanto me impressiona por aqui. Ao mesmo tempo tão menosprezadas, exalam cores e força. Pois é: a Índia não é fácil conosco! Nas ruas somos as estrangeiras, bombardeadas por olhares carnais e nojentos de homens que nos julgam a escória dos seres, mas nos desejam, com uma simples olhada. É preciso se concentrar para não xingar e mostrar o dedo do meio. As vacas estão muito melhor que nós. Há, há, há, há. São super sagradas! Outras coisas pesadas por aqui são os contrastes: miséria de seres humanos esquálidos que se habituaram viver na sujeira. O meio ambiente não é nada. Educação Ambiental nem pensar. Vocês não acreditam com qual naturalidade joga-se o lixo ao chão. Simplesmente abrem as mãos e deixam os restos e plásticos cairem. Ou lançam para o lado. É muito triste. Não há ainda a menor consciência. Do outro lado da moeda, por aqui as rúpias (100 rúpias - R$5,00), as coisas são diferentes: hotéis luxuosos, palácios dos antigos marajás, templos e mesquitas magníficas. Os animais, muitos sagrados, circulam pelas cidades com a inerente naturalidade, evidentemente: elefantes carregando gente, camelos puxando carroças, macacos pelos terraços e árvores, cabras e, fascinantes, cobras najas sendo encantadas pelas flautas. Impressionante, mas triste como todos vilmente explorados pelo homem. Enfim: tudo muito diferente e ao mesmo tempo tão igual ao caos que o homem cria, por esse mundo afora. Meus sentimentos, pensamentos, idéias, angústias e sensações transbordam a cada olhar. É tudo muito, muito louco.
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