J. Goebbels
A sinistra figura e ministro da propaganda dos nazistas, a única liderança da cúpula com curso superior (Adolf e H.Göring não passaram pelas agruras da academia, vingaram-se portanto a seu modo...), o Dr. Joseph Goebbels era terrível, conhecido no micro-cosmo da débil resistência alemã de seus discursos como Rumpelstielchen in seiner Märchenstunde, algo como Rumpelstielchen em sua hora de contos de fadas, por ser o mentiroso número 1 da nação e com um defeito na perna, o que lembrava o personagem dos contos infantis.
Os alemães eram devotos seguidores, em sua grande maioria, até os momentos mais difíceis, da doutrina assassina, destes mistérios talvez jamais sejam desvendados, o que fez milhões como ratos correrem histericamente à destruição e destruir, sem questionar. Alguns sobreviventes daquela época ainda fiéis aos preceitos de Alemanha, raça e superioridade. Até em cantos distantes, como por aqui.
Goebbels arrebatador em seus discursos, como por exemplo, se bem recordo da História, no Sportpalast em Berlin, conclamando os alemães ao convencionaram denominar Der totale Krieg (A guerra total), a lutarem velhos, mulheres e crianças pela causa perdida, até à imaginada vitória final. Histeria no público, gritando apoio quando a qualquer um, mesmo retardado, era óbvia a destinação da nação, destruída por bombardeiros contra os quais não havia mais defesas. E as mentiras gritadas em discurso, festejando vitórias inexistentes, declamando a proximidade do uso de armas milagrosas fixavam-se a tal ponto no inconsciente, o próprio inventor Goebbels se admirava, a determinar o conceito em uso até hoje entre a politicalha: Repita uma mentira com tal freqüência, o público diante da insistência acreditará.
Somos todos vítimas, basta ver as empresas de cosméticos operando, em bases mais suaves, a convencer milhões de mulheres tornarem-se mais belas com cremes, batons e demais pinturas bélicas. Ou os sujeitos a esfregarem pastas no couro cabeludo, à espera de revigoramento e sumiço da calvície.
E até nosso incessante discurso brasileiro, sermos a nação do futuro, na boca da esquerda e da direita nos últimos 70 ou 80 anos. Que melhores tempos virão, sem dúvida. Nunca vieram, sabemos, somos a mesma região do planeta a qual participa com apenas 3% do comércio mundial, jamais produziu elites científicas ou culturais dignas de um Nobel e onde bundas, samba e futebol fazem a magia, com suas honestas razões, convenhamos. Todavia isto nós não dizemos, nem diria Goebbels à Alemanha ter perdido a guerra.
Nestes dias de chuvas e inundação, crise mundial batendo à porta com força, longas férias coletivas sendo anunciadas, nosso guia Luis Inácio alcança o patamar de 82% de aclamação no Nordeste e gordos 70% nas demais regiões.
Poderia aclamar-se rei do Brasil, no trono até à morte. Intocável, basta a presença e as mentiras.
Muitos seguidores de A.Hitler mataram-se quando souberam de seu suicídio, confrontados com o grande vazio de sua ausência. Magda, a esposa de Goebbels, talvez a única próxima de fato acreditava em Hitler como entidade superiora, acima das questões terrenas portanto, preferia a morte dos filhos todos, a envenená-los com ajuda médica e depois pedir ao marido matá-la, entregando-se com o fim da vida, à grande mentira propagada pelo companheiro.
Não existia vida sem a mentira.
Somos assim, mentimos e criamos eventos fictícios, de forma a deixar o outro convencido de fatos em que desejamos acreditar, nos são convenientes ou nos permitem o exercício do poder. Fizemos com perfeição na propaganda política e comercial e a milhões de concidadãos é absolutamente patente a infalibilidade do guia Lula, como ilustração. Nem se discute mais.
E a muitos este método, não me excluo, é de tal conveniência, a passar a ferramenta diária de manipulação em benefício premeditado, desejado.
Um vizinho sem controle sobre suas portarias e porteiros chega com seus desembarques a bloquear portões importantes da empresa onde ganho meus cobrezinhos. Solicitamos não mais fazer, nos ignoraram. Chamamos as autoridades de trânsito, porém sabemos quando de fato necessitamos de médicos, guardas e correlatos jamais os encontramos ou não se interessam. Diante do problema, tomei a iniciativa de enviar carta ao presidente da empresa vizinha, agradecendo a gentil colaboração e que nossos apelos pelo visto haviam chegado aos seus ouvidos, e bom homem era, havia resolvido a questão. Sem aparentes ironias transparentes.
Nada havia acontecido ou ele feito, no entanto, a carta o alertou para ao menos verificar o ocorrido; e de alguma forma o incitasse a imaginar como seria se a questão fosse em seus portões. O problema resolveu-se, organizou para que não nos atrapalhassem mais.
Enviamos um belo presente de fim-de-ano, para selar aquele compromisso, surgido a partir do meu mentiroso agradecimento.
Ou seja, mentirosos como Goebbels e Lula agradecemos ao que nem havia sido ofertado ou ventilado; e preso ao compromisso imaginado pelo outro, em deferência, nada pudera o camarada fazer, a não ser ordenar deixarem os portões do vizinho livre.
É simples, portanto: minta, endosse a mentira e agradeça pelo que nem recebeu ofertado. Conte a muitos, diga é muito grato a Cicrano por ter, digamos, cedido seu automóvel para um passeio, divulgue a todos (menos a ele, é claro!) e se ajuste com os passagerios. Ouvirá dos nobres propósitos determinados, haverá ilações de sua origem; não saberá se fatos ou não e seu passeio de carro, programado, será feito por quem e para quem, por si, nem oferecido.
E ainda perguntará se foi bom...
Somos assim, mentirosos. Faz parte.