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Espaço de reflexão Hermógenes de Castro e Mello

Dinheiros...

Novamente, sempre depois, os entendidos manifestam suas opiniões confusas, enaltecendo as forças do mercado. Forças do mercado? Ora: se traduz apenas em especulação; e alguém em algum canto ganhando muito dinheiro. E a maioria perdendo. O socialismo na economia é este, simples: a maioria perde, a grande maioria.

Se imaginarmos o recente chacoalhão partiu de uma questão hipotecária americana ( o que não acredito ), podemos dizer o sistema ser de fragilidade incomensurável. Não é. Hoje 9 de outubro estabilizou-se.

Me parece mais um conjunto de entendidos (estes de fato) especulando contra o sistema a seus favores, confiantes as autoridades reguladoras pouco sabem fazer ou são acomodadas. (Não são como os donos de cassinos: quando alguém começa a ganhar já lhe cortam as asas, rapidamente, mesmo sendo pura sorte). E “resgatando” para si e, socialmente, para todos, os abusivos impostos se pagam. Nas estatizações dos bancos islandeses, em bonita escala, isto foi prova. Quando os correntistas pediram seus dinheiros vivos para guardar em cofres caseiros, os bancos quebraram e foram estatizados, garantindo-se suas operações e re-depósitos, com dinheiro de impostos.

Assim também o pacote de 800 bilhões do Sr. Moita, este porém mais a ajudar amigos especulantes na direção errada, e são amigos. Em fim de governo, a ele pouco importa o que fazer dos impostos.

E ganharam os especularam certo: quem comprou grandes bancos de investimento quase quebrados por pechinchas, quem se livrou de créditos hipotecários podres, quem sabia do real esfriamento do consumismo americano e livrou-se de ações em tempo, dos setores mais sofrem (autopeças, automóveis, eletrodomésticos) no segurar de novas compras.

O que é se desprende do sistema observado (se for possível observar) é a indiferença em relação a quem alimenta a coisa toda: o pequeno poupador, o pequeno empresário. E aí a mágica, pois como são desunidos e desconfiados ao extremo, facilmente manipuláveis. Para evitar a correria aos bancos, diz o governo garantir os depósitos. Na Alemanha até garantiu-se para qualquer valor de depósito, a estabilizar o sistema.

Frases entretanto, pois a cada pancada especulativa (quem orquestra isto?) os governos tem gasto bilhões e bilhões de impostos. Ainda haverá tutu suficiente caso os bancos continuem a ir para o brejo? Será algum governo jogará a toalha ou irá à lona? Divertido pensar, tétrico se ocorrer.

Economia global jamais poderá ser compreendida por economistas, estes futebolistas.

Mas por psicólogos e psicanalistas, especializados em psicopatologias das massas. E dos especuladores...

Talvez a pior invenção de todos os tempos. O escambo pré-histórico com certeza era mais consistente e menos especulativo...

Comentários (clique para comentar)

Thomas - 10/10/2008 (09:10)

Olha a linguagem, menino! Além disto é veadagem. De veados. Agora porque assim rotulam a turma, até hoje não descobri. Dizem ser algo ligado ao filme Bambi, da Disney. Que fez sucesso por aqui, e o jovem veadinho, delicado, virou rótulo para os invertidos, como se dizia.

Daniel - 09/10/2008 (16:10)

"E ganharam os (que) especularam" fica com essa viadagem de tirar os "que's" do texto e depois fica tudo confuso