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Espaço de reflexão Hermógenes de Castro e Mello

Onde termina a democracia...

... começa o voto obrigatório.

Me perguntam certa recomendação, séria, para um voto consciente a prefeito e vereadores.

Replico: -"Recomendação séria?".

Olham-me, porém nada mais questionam, pois o último assunto que envolveria política seria seriedade (ou seria honestidade?). Ou conhecem algum político, de fato, sério? Recomendem portanto.

A minha sugestão está ao lado, nos quadrinhos...

E não se irritem os militantes de plantão, voto não exercido também é direito. Mesmo que sejamos obrigados a tal, esta mega-chantagem à brasileira.




A vantagem do voto nulo é não precisar memorizar o número do candidato, entre muitas outras. Um rápido 00 para prefeito e 00000 para vereador, confirmando sem medo com a tecla verde, resolve a questão, assina-se a lista de comparecimento à chantagem oficial e espera-se até as 17:00 os bares abrirem, para um gole, pois até isto é regulamentado em dia de eleições... e ouvidos moucos para os chatos de plantão que recomendam votar "no menos pior", "não desperdiçar o voto", "assim ser anti-democrático"...

Comentários (clique para comentar)

Hermó - 06/10/2008 (10:10)

Curiosamente ninguém dignou-se recomendar em quem votar. Votei nulo. Uma forma de protesto contra a chantagem do voto, vinculando documentos e emissões, até ao absurdo de bloquear o direito de ir e vir, exigindo a comprovação do voto para emissão de passaportes. Mas 23,55% dos eleitores da cidade de São Paulo não votaram, entre nulos, em branco ou ausência. A politicalha deveria pensar nisto, quase 1/4 da população "eleitoralmente habilitada" não deseja participar do processo, apesar da chantagem. Pagam multas, justificam em outros cantos, não votam em ninguém. Que coisa boa! Talvez o caminho para voto livre e voluntário aplainando-se.

Hermógenes de Castro & Mello - 03/10/2008 (08:10)

Zézinho, tu tens uma memória do cão...

Franzé Matos - 02/10/2008 (20:10)

É realmente complicado decidir entre milhares de candidatos que se degladiam por entre vts, telvisores, ruas e avenidas em que só transparecem frases feitas e fotos muito bonitas. Mas me pergunto como estas pessoas arcam com os custos astrônomicos de uma campanha? Ou são muito ricos ou esperam pagar com o salário de verador ou prefeito? Muito dificil, para algumas megacampanhas o salário de um mandato não cobre 10%(se muito) do custo. Lógico que há um fundo partidário que auxilia os candidatos mais fortes o que cria uma "aristocracia" pelo beneficiamento dos candidatos com mais chances de eleição. Cansou de mesmo joguinho de sempre...? Cansado do marasmo? Vote nulo não alimente parasitas, mas arque com as consequência e crie um novo modo de vida para que no futuro não precise cobrar de um político. Passou o tempo das grandes mudanças. há gente demais, particularidades demais para serem resolvidas... Comece a mudar sua própria vida e do ambiente que frequentas... Nas pequenas ações que estão so grandes atos de amanhã.

Zozé - 02/10/2008 (19:10)

Faltou o monóculo!

Thomas - 02/10/2008 (15:10)

A democracia não pode ser fruto da autoridade. Pouquíssimos países obrigam ao voto, normalmente só em sistemas totalitários como Cuba e países tribais do Oriente. O Brasil-Estado, que se titula grande nação democrática, chantageia seus cidadãos, obrigando-os ao voto, condicionando inclusive o e ir e vir, casar, declarar impostos, empregar-se, etc. somente com este papelzinho verde e seus comprovantes. Engessando a propaganda eleitoral, obrigando a transmissão obrigatória, como se Joseph Stalin fosse o chefe do tribunal eleitoral (coisa nossa também, ao lado do "tribunal de justiça desportiva", caso único no planeta). Aí o sistema está errado: odeia-se o postulante ao cargo qualquer, por sabê-lo mancomunado com a chantagem, e criam-se os folclorismos em torno de figuras que passam a lendas vivas, como Lula, ao lado de Padim Ciço, o rinoceronte Cacareco e o Enéas, "meu nome é Eneas", que Deus o tenha (e não devolva...)

Luiza - 02/10/2008 (15:10)

Gostei dos desenhos... mas a eleição tem sua relevância filosófica. Demostra que os cargos políticos são espaços a serem preenchidos pelo povo. Ou seja, o cargo não é fixo. O espaço pode e deve sempre ser ocupado, renovado, pela escolha do povo. É um vazio a ser preenchido. Infezlimente sabemos que isso limita-se ao plano das idéias. Mas não é bonito?