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Espaço de reflexão Hermógenes de Castro e Mello

Lá vai mais um...

Leio aqui o Morgan Stanley, outro destes mega-bancos americanos de investimento já está adernando, talvez indo a pique no turbilhão econômico de hoje, 17 de setembro. (Um mês fatídico para o planeta, estes setembros...).

De qualquer sorte, o trem me parece desgovernado, o castelinho de cartas dos investimentos imobiliários gringos caindo e desconfio por cá também, culpa de especulação exacerbada com o petróleo, esse dizem sempre acabando, os tais commodities e os seus armazéns lotados menos valiosos.

Os operadores seguros se atrelam aos valores tradicionais, pulam do trem.

O que seria?, me perguntam.

Nada entendo disto, porém ingenuamente arrisco: bancos suíços (nunca quebram...) com dólares ou euros, terras no sudeste do Brasil, metais preciosos (o tal ouro, de ontem para hoje subiu 8,5%) e muita água de côco, rezas fortes, fitinhas do Bonfim e, claro, imensa distância de ações.

Ninguém de nós humanos mortais normais, em algum momento, ganhou com ações. Nem temos como, nos faltam as informações privilegiadas a fazer as fortunas. Não conhecemos os diretores que leram os balanços antes, fazem os planos de investimento, anunciam as perdas.

Sem oráculos nesta área; ninguém cola o adesivo: “Consulte antes um economista” no vidro do bólido comprado à prestação. Esta pancada de alguns dias para cá, com a quebra de velhos e sólidos bancos, ninguém previu.

Surgirão os espertos com seus “viu?, não disse?”, mas pode acreditar, são surfistas: vão na onda.

São assim.

Pode ser lenda ou fato, mas está interessante... Retornamos aos anos 1920?

Comentários (clique para comentar)

Hermógenes de Castro & Mello - 23/09/2008 (16:09)

Por enquanto nada ocorreu, parece que a calmaria voltou a reinar. Ainda bem que me enganei...

p/ anônimo: nem eu sei - 22/09/2008 (08:09)

Anonymus, beta. - 19/09/2008 (10:09)

Eu fico imaginando o que um geógrafo faz num hospital... Será que médicos e enfermeiras tem problemas de orientação?

JORGE DOS SANTOS - 19/09/2008 (10:09)

Pô Picchi, estou com quase 70 anos e, preocupado com o futuro, estou interessado em adquirir um priapismo crônico. Será que no teu hospital dão um jeito? Eheheh!!!!

b. picchi - 19/09/2008 (08:09)

Hermó, faça um favor ao seu leitor? Seu penúltimo artigo, Ersatzbefriedigung, não consigo ler aqui no computador da empresa (o meu de casa pifô), pois apresenta a palavra "sexo", impossibilitando que seja acessado pelo sistema púdico de informatica daqui. Se tiver um tempinho troque esse palavra escabrooooosa por outra como "pancreatite aguda" ou "priapismo crônico" (é que aqui é um hospital, deve passar...). Pouca coisa. Me mande por email. Abraços !!

JORGE DOS SANTOS - 18/09/2008 (09:09)

A propósito de doutores: há anos estava eu andando pela cidade quando, ao passar próximo de uma empresa cliente, resolvi fazer visita a um amigo, hoje falecido, mas então um dos seus diretores. Eu trajava calças jeans e camisa pólo. Dirigi-me a recepcionista, identifiquei-me e disse o nome do meu amigo. Ela pelo telefone disse a secretária: está aqui “um rapaz” (e eu já não era jovem), Jorge, da empresa......, que quer falar com o Dr. Fulano. Fui autorizado, subi, contei ao meu amigo e nos divertimos com isso. Cerca de 15 dias depois voltei ao mesmo local e a recepcionista era a mesma. Eu trajava terno completo com gravata e tudo mais “de direito”. Desmemoriada, da mesma forma pegou o telefone e, em face do meu terno, anunciou a secretária: está aqui o “Dr. Jorge” para falar com o Dr. Fulano. Elas são assim...

Thomas - 18/09/2008 (08:09)

Hanitzsch, não me constranja com o título "doutor". Por aqui só dele faz uso ou aceita a "nomeação", indevida, quem não o é de fato, como advogados, delegados e outros gados. Os três conheço de fato são, nem mencionam, incluindo a si. Chamo de desejo acadêmico brasileiro, o doutorado pela simples graduação ou uso de terno e gravata... Muitos anos atrás, uma conhecida na Bahia "ensinava" à sua empregada chamar-nos a todos de "doutores", pois éramos "estudados". Quando a moça, pouco mais jovem que eu à época, ensaiou titular-me tal, disse à patroa eu não apreciava aquilo e ter terror a ser assim chamado. Que não era delegado ou deputado para tal horrendo "privilégio" ao falso título. Ficou aliviada a moça, que ouviu, em não precisar levar a coisa adiante. O doutor é quem fez, passou pelos trâmites, inovou, com seus louvores. "Doutores" de "relação" e "costumes" a mim não dizem nada.

Hermógenes de Castro & Mello - 18/09/2008 (08:09)

Caro Anônimo, que bom voltaste ao fôro dos incautos, mancebo (manceba?)! Agradeço que confirmas minhas paupérrimas teorias: UBS perdeu valor, mas não quebrou, os bancos suíços têm essa notável característica... Ações sempre são péssimo negócio, até na Suíça, confirmas também. Enfim, deve ser por isto que ainda são campeões nos tais assets, penso que os maiores do mundo. Bancos suíços e prostituição, sempre haverá procura por isto...

Anônimo, o outro - 17/09/2008 (19:09)

bancos suíços? rá rá rá... veja quanto caiu a ação do UBS (o maior deles) em um ano... veja o acordo que fizeram com o fisco americano, de não mais operar com contribuintes do Tio Sam off-shore... e la nave vá, como dizem os suiços do sul (e possivelmente mais ligados em queijos e chocolates do que bancos ou lavanderias...

Hanitzsch - 17/09/2008 (18:09)

Dr. Thomas.............é sempre "black october".

Hermógenes - 17/09/2008 (18:09)

E apostamos a famosa garrafa de Old-eight?

Marcos - 17/09/2008 (16:09)

Caro Hermó - desta vez sou obrigado a discordar de você. Também é chute, como todos os outros, já que falamos de discórdia no que se refere a ações, não a fitinhas do bonfim, sempre benvindas e provadamente úteis, infalíveis... Pois quero apostar com você: se hoje estamos perto dos 45.000 pontos na Ibovespa (nem sei, não vi, mas deve estar por aí) -- em dois anos estaremos, quem sabe, em 90.000 ou mais. Ou seja, os que comprarem ações hoje, digamos que em perfeito balanço de como é formado o Ibovespa, com o perdão do trocadilho, estarão, em dois anos, com seu patrimônio dobrado. Como, de nós dois, confio mais em você, na sua memória -- em setembro (deixemos por outubro, pode ser?) de 2010, você me cobra. Abraços