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Espaço de reflexão Hermógenes de Castro e Mello

Politização da tortura?

Com certeza o maior apanhado de impropriedades escritas sobre o rol do direito, da democracia e da justiça está na coluna do ilustríssimo professor da PUC, Dr. Coelho, em O Estado de São Paulo, 28.08.2008.

Atribuir à tortura a razão "política", e sugerir permitir tolerar o ato a dizer seus agentes isentados de punição por terem feito a maldade cruel em nome do estado, basta ao lente verificar e nos informar, onde, excetuados obscuros e eufemizados anais do regime nazista, em tempos modernos, o uso da força e coerção física com dor para obtenção de informações é aprovado.

A tortura é o instrumento do idiota impaciente, que na porrada, no braço, no pau-de-arara, na locupletação de seus mais baixos instintos faz dela uso. Ao fim nem lhe importa a informação, pois neste estado físico ou nada mais se diz, e a besta humana forja ter conseguido algo, ou informa-se algo que não condiz mais com os fatos. Ninguém venceu guerras ou desvendou crimes, até contra os onipresentes estados, os tais crimes "políticos", pelo uso da tortura. Nunca.

O torturador é moralmente baixo, é burro e vil; e é sempre criminoso. Não lhes atribuam "politizações"; não merecem a nobre liason com as razões de estado; apenas a prisão ou o acompanhamento psiquiátrico, pelo que fizeram ou fazem, fruto da absoluta falta de capacidade de controlar-se em seus devaneios aterrorizantes, beirando ao "sexualismo" deformado. Gozo com o sofrimento do outro.

O torturador é doente e criminoso. Sempre.

A morte em cadafalso, o assassinato, a tortura e o julgamento sumário independentemente da razão, são sempre crimes. O "crime político", por uma pretendida causa moral e maior, não se justifica jamais. É uma aberração judicial o pacto, a "deixar barato", "eram outros tempos", "foi pelo Brasil" e abdicar de julgar, de ambos os lados, quem matou ou torturou. Ernesto Guevara, quando li a biografia deste endeusado assassino, dizia que no primeiro ataque em que atirou para matar, nada sentiu. Era por uma "causa maior".

Quando apelou, em sua captura: "Não atirem, valho mais vivo!" recebeu a única resposta coerente:

"Você não vale nada...".

O assassino encontrou outro. Este o único risco para este tipo de pessoas.

São assim.

Interrogatório por soldados da coalisão de um prisioneiro iraquiano. Métodos cruéis (e burros).

Soldados americanos interrogando um vietcongue. Um pano sobre o rosto e joga-se água, a engasgar.

Tortura sem procura de informações. Extirpação do clitóris em uma "infiel", por soldados muçulmanos. O torturador sempre tem sérias dificuldades com sua sexualidade doente.

Dois policiais prenderam a Sra. Wang Yunjie, porque ela praticava Falun Gong. Em dezembro de 2002, depois de impedirem-na de dormir por muitos dias, policiais rasgaram sua blusa e aplicaram choques elétricos por 30 minutos.

Comentários (clique para comentar)

Marcos - 29/08/2008 (16:08)

Já que estou de passagem por aqui, não posso deixar de comentar: bom artigo, Dr. Mello. Não pode haver qualquer tipo de conivência com essa gente, a nome do que quer que seja! Tortura não apenas não mais se justifica, como NUNCA se justificou -- não havia, não há, não poderá haver razão de Estado que a justifique. Parabéns.

Luiz Alvaro - 29/08/2008 (16:08)

HERMÓGENES.

POLITIZAÇÃO DA TORTURA É UMA ESPADA DE UM LEGUME SÓ, LEMBRE-SE QUE SÃO DOIS. SÓ NESTA PORRA DE PAISÉCO DE MERDA QUE ACONTECE ISTO.

- 28/08/2008 (14:08)

Estado de hoje, página segunda. Uma lástima, não imaginava que ainda existiria gente com este tipo de opinião. E travestindo o artigo como algo a discutir...

b picchi - 28/08/2008 (14:08)

achei ja..

b. picchi - 28/08/2008 (14:08)

onde q consigo ler o artigo do dr. ? se é q vale a pena...