Volgogrado
Stalingrado (hoje Volgogrado) às margens do Rio Volga, na parte sul da Rússia, era um ponto importante de passagem de suprimentos para o exército russo na Segunda Guerra Mundial. Por lá houve a mais sangrenta e danosa batalha para as tropas alemãs, talvez a maior derrota militar de exércitos na história da humanidade. O maluco Stalin e o imbecil Hitler por ambos os lados ordenaram a civis e militares em hipótese alguma desistissem de atacar ou defender a cidade.
750.000 soldados alemães foram mortos, 6.000 apenas sobreviveram dos 260.000 se renderam aos russos, após o general von Paulus verificar haviam perdido, de fato. Rendeu-se contra as ordens de Hitler.
Meu pequeno e particular ciclo do cinema alemão recomenda esta obra, bem estruturada a mostrar o cotidiano infernal desde a recuperação na Itália da campanha da África por um grupo de Landser, soldados da infantaria da Wehrmacht até sucumbirem no gelo e pelo descaso dos oficiais em Stalingrado. Fascinante e marcante, sem os clichês de alemães totalmente imbecis ou sanguinários como Hollywood impunha.
Segui assistindo Pioniere von Ingolstadt do Rainer Werner Fassbinder. Posso ser franco? Um lixo, não vale a pena. Monótono e sem ritmo, com atrizes de mini-saia na Alemanha nazista e negros como soldados alemães. Iconoclasta sem graça, como seu counter-part latino, o incompreendido Glauber Rocha, não move a nada. Bocejos imensos. Nem a encantadora Hanna Schygulla segura o troço.
Por fim o melhor: Germania Anno Zero do Roberto Rossellini, sem este diretor requerer apresentações. Italiano a rigor, porém com temática e atores alemães. Maravilhoso, no ciclo italiano documentário-dramático. Filmado in loco na Berlin ainda destruída de 1948, com artistas excelentes, o ranço do inexplicável da guerra e jovens adolescentes no sofrer de pedofilia, malandragens de mercado-negro, exploração pelos pais. Um filme é necessário ver, um pedaço da história alemã retratado com brilhantismo pelo grande mestre italiano.