Cuscus paulista
Cuscus paulista. Talvez nosso prato de festas, paulista, mais tradicional; e sempre atual. Muito comum na época das ditas juninas. Onde comemoramos as coisas do São João, santo sobre qual preciso melhor me informar; uma vergonha festejar-se quem nada se sabe.
Mas não é questão com São João, o grande herói nordestino. Lá sei que se comemora na raça, com estilo. É até feriado.
De volta ao cuscus: talvez a mistura mais brasileira com influência exógena, destes monstros estrangeiros a quem agora queremos proibir tudo, desde serem sócios em companhias aéreas à propriedade de terras.
Vai farinha de mandioca do índio da floresta, milho do indígena andino, tomate peruano, sardinha portuguesa, ervilha francesa, azeite mediterrâneo, sal de todos os mares, salsinha (da onde?), cebolas, palmito, ovos, alho, pimenta-do-reino e por aí segue.
Há quem ponha camarões e galinha picada. Até de carne-do-sertão (charque, espanhol, sabiam?), com pedaços de abóbora e peru desfiado andam criando.
Só, por sorte, não o fizerem dôce, como estas coisas horríveis de "pizza de banana com canela".
Eca!
Prato formidável o cuscus, delicioso.
Nossa amiga e colaboradora Heleide Sepulvida, do Piauí (ainda a desvendar alguém o mistério de naquela terra formarem-se as melhores cozinheiras e cozinheiros, maitres e garçons).
Para contatos basta mandar e-mail para este "site". As receitas dela são perfeitas!