Novamente sendo reeducado.
Novamente sendo reeducado.
Ontem liga velho amigo, nos conhecemos faz 50 anos. Lá da chuvosa região de Aquisgrana na Alemanha, por onde passei uns tempos.
Perguntou minha idade, da família e como andava a vida de aposentado.
Respondi a tudo, obedientemente. Como gostam os alemães. Quanto à aposentadoria relatei não havia abraçado a causa ainda, seguia trabalhando, mesmo aos 68. Não me incomodava com a rotina.
Do outro lado profundo suspiro e a manifestação "você não aprende mesmo, não é?"
E tal qual certo padre cansado a ler longos trechos de doutrina bíblica, apontou a loucura seguir assim, os prazeres perdidos, os malefícios minha interferência criar para o desenvolvimento profissional dos herdeiros e, por fim, o quanto faz mal à saúde esse continuar na atividade, ancorado atrás de uma escrivaninha por horas, todos os dias, úteis e inúteis
Me senti culpado. E em conversa recente, aquela ilumina o caminho da minha vida com facho forte, endossou ser hora de largar o osso, pelo menos às segundas e sextas, manhã e à tarde, respectivamente.
Pensei em Donald Trump, aos 78 brigando pelo posto mais cobiçado dos EUA. Em Putin aos 72 matando os vizinhos por suas ideias imperiais do século XIX e nosso velho Lula aos 79 se digladiando com militares rancorosos.
Mas é outro lado, exceções. A maioria, como esse meu amigo, inativo já faz 25 anos após um acidente de moto, fazem certo.
Não fazendo nada.
Somos assim.