Privilegiados, precatem-se.
Somos pouco complacentes com a eficiência e seus resultados positivos.
Nosso inconsciente coletivo sempre está ao lado de quem rotulamos "perdedores", maneira coletivista temos de imputar a quem melhores resultados consegue, a culpa por assim ter feito prejudicando quem não se deu bem.
Não só em sociedade, todavia também no âmbito empresarial. Bastante comum na esfera familiar.
Algumas exceções fazemos: futebol, boxe e religião. Ficamos com os vencedores.
Na presente situação mundial, a maioria está claramente ao lado dos palestinos. Condena-se a ação retaliatória israelense, em todas as instâncias.
E ao lado Rússia, desenterrando conceitos pré-soviéticos sobre a origem do conflito e o não direito de existência da Ucrânia.
Idem Taiwan, onde muitos no continente não aceitam a independência da ilha, dizendo-a parte da grande nação chinesa, algo "indivisível". Ou as Falklands-Malvinas, inglesas desde 1827, mas com um coro grosso de platinos afirmando-se proprietários, sem muito bem saber porque seriam.
No mundo empresarial o mais fácil hoje é bater firme em Elon Musk, claro exemplo de empreendedorismo de sucesso. A ocupar até a suprema corte tupiniquim com receio sua plataforma possa atrapalhar os planos da situação nas eleições municipais, atrasando a liberação do "X", com indubitável censura e achaques burocráticos, além de multas milionárias.
Ou a turma da JBS e sua tremenda eficiência em produzir e vender carne mundo afora, hoje os maiores do planeta, no momento preservados, porém já ameaçados de prisão no passado, por rol imenso de acusações.
No plano familiar são inúmeros casos acompanhei e acompanho onde os obtiveram algum sucesso em profissão ou empreendimento, sempre serem condenados por "'não ajudarem" aos menos favorecidos ou privilegiados, como dizia amigo baiano.
Certa vez ousei perguntar a ele quem tanto privilegiava esses poucos, por assim serem denominados. Ou se era apenas fruto de algum trabalho e talvez agilidade. Desconversou; com narrativa sobre ser modo de expressar a condição melhor do outro.
Enfim, restam algumas soluções para o tema: no caso global, a Ucrânia resolveu enfrentar o vizinho com ajuda de quem efetivamente não vê os russos com direitos sobre aquela porção de terra.
No caso Israel: a retaliação violentíssima de quem não aceita mais esta vez ser ameaçado de extermínio por maioria islâmica bradando não ter aquela jovem nação direito de existir. Pouco se dando às opiniões contrárias.
No âmbito empresarial o low-profile é a solução. O problema para essas mulheres e homens com sucesso é de fato controlar isso. O ego menos exaltado de Elon Musk o deixaria em melhores condições, se não tivesse essa compulsão em aparecer tanto. Bill Gates hoje é discreto, não enchem o saco dele nem atrapalham a vida de sua empresa.
Já em família a ordem é ajudar aos menos favorecidos, menos doloroso a ouvir de outros parentes ser o filho desnaturado não auxiliou próximo coitado em momento de dificuldades.
Pague-se e pronto.