Hora de votar, prepare-se !
Entre as aproximadamente 200 nações do planeta, apenas 10% obrigam ao voto. A única grande nação que ordena, com sanções se não o fizer, é o Brasil.
Outros países assim estipulam são Bélgica, Austrália e alguns menores, menos representativos em termos de população.
A motivação para tal no Brasil é o temor que se "não for obrigatório, ninguém vai".
As sanções são entraves burocráticos como não poder obter passaporte e outras chicanas políticos aqui inventaram para infernizar os não-votantes.
Mas com a justificativa eletrônica da ausência, isso foi atenuado, um bom avanço.
Pessoalmente anulo o voto desde jovem.
Inicialmente era contra o sistema fajuto montado pela ditadura a preencher vagas de vereança, assembleias e senado.
Adiante com o retorno à dita democracia, anulo, como provavelmente a maioria de quem assim o faz, em protesto contra a obrigatoriedade.
Não creio nós brasileiros sejamos mais estúpidos que as demais 190 nações, onde não é compulsório. Nem acho simpático o ato de criar entraves burocráticos para quem não votar.
A democracia acaba onde se é obrigado a ela.
Chauvinismo político autoritário brasileiro, abraçado por esquerda e direita.
Com a introdução nesse pleito da proibição seguir à cabine com o celular, a deixar com o mesário, certamente não avançamos. Retrocesso idiota de burocratas sem ter o que fazer, a inventar mais chicanas e atrasar o processo, as senhoras e senhores revirando bolsas e bolsos para achar o aparelho...
Em 2018 o terceiro lugar no pleito, após Bolsonaro e Haddad, foram brancos, nulos e ausentes, em torno de 40 milhões de eleitores. Obviamente onde não há voto obrigatório, não há brancos ou nulos, ninguém perderia seu tempo fazendo isto.
Os argumentos que não indo votar deixa-se o pior ganhar, é a história mais imbecil qualquer matemático de oitava categoria desmonta. O voto nulo, branco ou ausente não é voto, quem se habilita a escolher é alguém decide votar. Se uma parte não quer participar, sabe que viverá com o que outros decidiram. É o meu caso.
Por fim, seu voto individual em A ou B não vale absolutamente nada. Somente a coletivização é determinante. E por aí caminha a ganância política a procurar conquistar por mensagens que sabemos são em 90% mentiras ou literalmente comprando o voto, a conseguir o posto desejado, para receber valores como "homem público", sem qualquer contra-partida, prazo ou responsabilidade.
Eleito, o tratará como ao cão na feira. O vereador que não apresenta nenhum projeto, recebe do mesmo jeito como aquele o faz. Idem o presidente da nação, deputados ou senadores.
E empossado partirá para sua tarefa maior: a reeleição. O resto é conversa.
São assim.