A gente somos inútil...
Por Ernesto Sinval, de Feira de Santana, Bahia.
Nossa língua formal ou culta segue a escanteio. Certa importante editora do Rio me esclarece que o Português Publicitário já se desloca também para a Literatura. No coloquial, no errado, na conjugação entrelaçada e nos anglicismos constantes.
O uso do massivo desloca o maciço para o esquecimento. Não somos mais adeptos de sentimentos intensos, queremos tudo de forma intensiva. Algumas aberrações já fincam pé com olhares de "qual é ?" quando alertados que eventualmente não é adiante, mas sim talvez... Você e teu se completam, "menas" existe sim e "pobrema" não é um problema.
Magérrimo é viável, macérrimo uma frescura imensa, hamburger é roots, não é hambúrguer.
E os argumentos de a gente termos ido não soar bem, rebate-se que em inglês é assim, pô. Ou as notícias é que...
Enfim, as Américas e, vejam só, a Suíça, alguns na África e Asia sofrem com a língua. Não as temos próprias, excetuados esquimós, uma ou outra tribo ou cantão isolado, de norte a sul. Mas com o tempo seguem ao desaparecimento.
Espanhol, Inglês, Português, Holandês e Francês são correntes e decorrentes da colonização.
Algumas modificadas e mescladas, mas basicamente coloniais. Como o Inglês no Caribe, o Francês das Antilhas ou Canadá, o Papiamento em Curaçao com Aruba e nosso Português brasileiro.
Compreensíveis, mas distintas. A ponto no caso do Creole haitiano, do Pidgin indo-chinês em Trinidad & Tobago e nosso Português brasileiro, haver para os falantes alguma dificuldade em ouvir e entender o idioma original (filmes de Portugal com legendas em Português do Brasil já é uma realidade).
Pessoalmente prefiro o formal na escrita. Acompanhá-lo do que seguir você. Não gosto do tá bem escrito, nem da arrogante turma que apresenta o estilo livre na conjugação, tão em voga na publicidade. Você e teu computador enturmados, cerrrrrrrto ?
Algumas variantes e internações de termos porém por sorte ou azar não adotamos. Com o ultra-moderno e pan-anglicista "cool".
Não rola em Espanhol, Francês ou Português sua adoção.
A lembrar os engraçadinhos do passado que diziam o termo ser vaca em Alemão, pescoço em Francês mas em Português ser aquilo no duro mesmo !