Como será o golpe de 2022?
Os meios empresariais já iniciam a especulação sobre o tema, caso Bolsonaro leve adiante seu projeto de "morrer, ser preso ou reeleito" para 2023-2027.
A primeira reação a seu projeto, no estilo "eleições-só-do-meu-jeito", é a escalada do dólar ante o real. Hoje com 2,53 % positivos, em um dia.
Além da ativação galopante dos estoques especulativos para conseguir-se melhor preço com itens básicos, no momento uma comoção política como golpe ou até um embate civil, os tornem escassos. Antecipadamente elevando muito os preços.
Iniciando com o óleo de milho já em 19,00 reais por 900 ml em muitos mercados. Carne em valores absurdos. Combustíveis e materiais de construção.
E a esperar ajustes fortes nos grandes dissídios de final de ano, em vista da queda do poder aquisitivo dos salários em curso.
Com um ano inteiro ainda para as eleições... nunca tão cedo o "start"...
Todavia, iniciada a campanha antecipadamente pelo receio ficar-se atrás (apesar da oposição à extrema-direita estar bastante quieta), fomentando o insuflar das reações violentas de milícias, militares e polícias, com a consequente perda de confiança dos empresários mais sérios nos destinos da economia.
Convulsões naturais ou propagadas artificialmente são sempre péssimas para os negócios, empregos e desenvolvimento de uma nação.
Brasil tem larga experiência nisto, estabilizada após o Plano Real. Mas a retornar agora, com o IGP-M já por volta de 40% a.a. e os chavões da extrema direita "contra tudo que está ai".
O que poderia ocorrer : Bolsonaro é vencido nas eleições e se recusa a entregar o cargo. Com apoio militar ou policial detém ministros dos tribunais e decreta exceção por "fraude".
Informa em fala comovida que haverá novas eleições em 2 anos, implementado neste período o voto impresso auditável, pivô do golpe.
Os opositores de peso voltam à prisão, desqualificando solturas anteriores por "erros judiciais" ou "judicialismo político-ativista".
A diplomacia trabalha sob comando de radicais no Itamaraty, a explicar ao planeta que o Brasil não é tão importante assim (apenas 2,3% da economia geral do planeta) e que precisa de "um tempo para rearranjar o estrago feito por radicais de esquerda e comunistas inconsequentes".
Para acalmar a turma da marmita, alguns ajustes, principalmente no setor militar e público. Prisões de cunho político travestidas de crimes informados, no estilo Venezuela.
Implacável ação contra a imprensa não aderente, com fechamento para fiscalização da Receita destes meios.
Militares de baixo escalão em postos-chave nos principais ministérios. E fantoches nomeados para um novo-STF e TSE, a "limpar tudo isto aí". Políticos de oposição perseguidos a ponto sairem do país e os remanescentes aderirem.
EUA observam tudo com indiferença, Brasil não é importante a ponto arriscar-se uma aventura. E ditadura de direita é melhor que um chavismo ou castrismo cubano...
As mulheres mais loiras.
Os evangélicos com mais regalias e menos impostos, a incensar a ditadura.
E segue a vida...
Somos assim, a tolerar isto?