O primeiro dia de liberdade.
Por Helena Iaconis Sevastopoulus, de Pátras, Grécia
Helena pela primeira vez em seus 57 anos usufruiu da oferta de um desjejum gratuito na modesta pousada.
Oferta para talvez conseguir a hóspede ficar alguns dias mais, em vista da absoluta falta de turistas. O que o dono do local denominou "a miséria do ano das máscaras".
Coisas não conhecia na refeição, a não ser de anúncios na TV :
Suco de laranja em caixinha, linda, bonitinha com um canudo vinha colado à embalagem, pão fresco, quente.
Uma fruta grande parecendo laranja, vermelha por dentro e amarga como fel, alguma manteiga em pequena embalagem plástica, o bule de café só para ela, fatias de queijo e adorável pote com geléia de morangos.
E sem prazo para terminar, o restaurante vazio, com a linda vista para o mar.
Ninguém a chamar, pedir, reclamar.
Isso era a liberdade, disse alto.
No que o diligente dono da pousada surgiu e perguntou:
-"Pediu algo senhora?"
Envergonhada nada disse, sorriu e foi ao quarto.
Um dia a mais, por que não? E ficou.
Para conhecer um pouco da cidade da Helena, acompanhe abaixo..