Hermó

Espaço de reflexão Hermógenes de Castro & Mello

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Artigo nº 62 - 18/11/2022

Mais violência... adio Giuseppe!

O pai de um grande amigo ensinou algumas coisinhas sobre óperas. Essa música nem sempre bem compreendida, para alguns até cansativa. E raros os que de fato a apreciam, como os trechos soberbos de composições adoráveis, mormente dos grandes mestres italianos.

Verdi e Rossini à frente, pela Áustria o multivalente Mozart até os atuais The Who, os ingleses Peter Townsend e Roger Daltrey com sua peça Tommy.

Entre os intérpretes Enrico Caruso fez o grande início do que era gravável e transmissível. Passando pelo formidável Mario del Monaco, o inesquecível Pavarotti e todos outros de timbres notáveis. E Giuseppe di Stefano, insuperável, como maior destaque.

Morreu agora em março, vítima da violência. Mais uma.

Tinha casa de férias em Dilia no Quênia, África, onde foi assaltado por vários "amigos do alheio", covardes a baterem no ancião até o desmaio. Levado a Milão em dezembro de 2004, permaneceu em coma até o falecimento.

Com Maria Callas formou uma das duplas mais famosas do mundo da ópera, com quem apresentou, entre outras, "I Puritani", de Vincenzo Bellini; "Lucia di Lammermoor", de Gaetano Donizetti; "I Pagliacci", de Ruggero Leoncavallo; "Cavalleria Rusticana", de Pietro Mascagni; "La Bohème", e "Tosca" de Giacomo Puccini; "Manon Lescaut (Des Grieux)", de Jules Massenet, ou "Un Ballo in maschera", de Giuseppe Verdi.

Andava um tanto esquecido, pois a "academia" não aceitava seus modos pouco ortodoxos e prazer na vida, sem demasiadas dedicações. Cantava pela alegria de cantar e participar aos outros.

Morreu por porcarias roubadas, vítima da violência que ainda assola tanto a zorra do planeta.

Mata-se por pouco, alguns são assim.

Vamos ouvir um pouco o majestoso di Stefano ao lado da Sra. Callas?

Talvez o melhor de todos, mas não reconhecido por isto: Giuseppe di Stefano.

Com amigos, pouco antes de ser brutalmente espancado em assalto à sua casa no Quênia.

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