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Artigo nº 1025 - 18/11/2022

O senhor advogado se embebedou

Por Helena Iaconis Sevastopoulus, de Pátras, Grécia

Às sextas-ferias e durante aquela pandemia, o senhor advogado fazia suas audiências com os juízes de Patrás por tele-conferência. Era bastante curioso Helena observá-lo sentado à frente de seu note-book, com terno mas bermudas.

Em alguns momentos cobria a pequena camera com o dedo, quando se levantava para pegar certa pasta atrás de si, em verdadeiro malabarismo.

Helena levava café e algumas loukoumades, para adoçar a vida de seu tranquilo empregador, que pouquíssimo dela exigia, assim da moça tailandesa que auxiliava.

E assim ambas pela cozinha, sem grandes chances de diálogo, de alguma forma se ocupavam com os pratos e sobremesas gregas Helena fazia tão bem.

A moça tailandesa, com seu nome imenso, Busarakham, absorvia e anotava em sua complexa escrita aquilo era cozido.

Dizia em uma mistura de péssimo inglês com algumas palavras no grego, sonhar em ser cozinheira, com restaurante pelos lados da praia.

" I love Grik ", era sua manifestação adorar a Grécia.

Certo dia antes de se recolher, porém, Helena ouve da varanda o senhor advogado bater palmas e cantar, forte. Alto.

Alguma balada antiga, que não conhecia. E com Busarakham cuidadosamente se aproxima, a ver a dança, a garrafa tombada, o rosto vermelho e a agradável surpresa da linda voz do homem.

Ao notá-las disse "Senhora Helena, todo homem tem direito a um bom vinho, seus loukoumades e cantar. "Que Deus a abençõe! E a si também, pequena pérola do Oriente", dirigindo-se a moça da Tailândia.

Sentou-se no chão, silenciando e seguiu olhando o mar.

Vamos às loukoumades ?

Similares a sonhos, mas cobertura de mel e gergelim. Loukoumades

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